Flores do Cerrado

Coleção "Flor do Cerrado" - Enterolobium contortisiliquum - (Vell.) Morong - Leguminosea-Momosoideae - Timbó - Também conhecida por orelha-de-negroararibá, árvore-das-patacas, cambanambi, chimbó, chimbuva, fava-orelha-de-negro, flor-de-algodão, orelha-de-macaco, orelha-de-negro, orelha-de-onça, pacará, pau-de-sabão,pau-sabão, orelha-de-preto, tambaré, timbaúba, timbaúva, tamboi, tambor, timborana, tambori, timbori, tamboril, timboril, tamboril-do-campo, tamboril-pardo, tamborim, tamburé, tamburil, tamburiúva, tambuvé, tambuvi, timbaíba, timbaúva, timbaúva-branca, timbaúva-preta, timbiba, timbó, timboíba, timboúba, timboúva, timbuva, timbuíba, timburi, timburil, vinhática-flor-de-algodão, ximbiuva, ximbó, ximbuva - Fotografia batida dia 20.01.2012, na Villa Santo Domingo Soriano, Uruguai, numa área de piquenique, pomposamente chamada "Parque del Recuerdo Ciudad de Dolores" na entrada da vila. Esta planta, "El Timbó", foi plantada em 1904, por don Mariano Mendieta.
Conheço muitas árvores desta espécie mas nunca vira uma com a plástica desta de Villa Soriano. As que conheci no Brasil e mesmo no Uruguay eram exemplares eretos, com o tronco destacado da copa. Esta, chega a ser rasteira, a galharia tocando o solo como buscasse apoio para sustentar sua idade centenária e o pouco caso das autoridades para com ela. No Uruguai, como no Brasil, a planta é também conhecida pelo nome de orelha-de-negro.
Árvore sem exsudação ao se destacar a folha. Copa ampla com ramificação cimosa e raízes oblongas e calibrosas. Tronco com diâmetro de até 160 cm, podendo chegar aos 35 m de altura. Folhas alternas, bipinadas; com 3 a 7 pares de folíolos; elípticos ou oblongos; Frutos são vagens, recurvadas,no formato de orelha ou de rim, de até 9 cm por 7,5 cm; semilenhosos; deiscentes, de cor inicialmente verde e marrom-escura a café quando secos; maturação ocorre durante os meses de junho e julho e permanecem na planta por longo período (em verificação in loco encontrei a planta ainda com os frutos secos na data desta fotografia, ocasião em que as sementes continuavam cainda da árvore). Sementes deiscentes; de até 1 cm de largura por até 1,5 cm de comprimento; de cor marrom-clara nas bordas e marrom-escura no centro (nos lados que servem de base), até 14 por por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre nos estados: Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Sul e Paraná. (Pela caracteristica deve ocorrer em outras regiões. Estes dados serão altualizados assim que eu conseguir maiores informações sobre a sua distribuição, bem como dados pormenorizados do seu habitat.)
Fenologia e reprodução - árvore decídua; folhação: julho a setembro; floração: em capítulos, globosas, com cerca de 10 a 20 flores bancas. Ocorre a partir de meados de setembro, prolongando-se até setembro; polinização: abelhas; frutificação: agosto a novembro; sementes: até 3600/kg;
germinação: taxa superior a 25%, logo após a coleta; propagação: pode ser multiplicada por sementes e mudas; germinação: entre 10 e 20 dias;
Usos - árvore melífera. As sementes prestam-se para o artesanato, devido à sua dureza. Madeira leve, com densidade de 0,54g/cm3, pouco resistente. Própria para o fabrico de barcos e de canoas de tronco inteiro, brinquedos, compensados, amarmações de móveis, miolo de portais e caixotaria em geral. Os frutos contêm soponina, que serve para o fabrico de sabão. Árvore tóxica para o gado. ||| Bibliografia: Adaptação do material do site Clube da Semente do Brasil, com informações de Lorenzi, Harri - "Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil", Instituto Plantarum Ltda. - Telefone 0-xx-19-3466 5587 - Fax: 0-xx-19-3466 6160 e de observação na fazenda 23 de Março - Pantanal Sul-mato-grossense -, da mesma forma que em Villa Soriano, uy.


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